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Microcosmos
CLAUDIO MAGRIS
COMPANHIA DAS LETRAS
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Danúbio e Microcosmos guardam muitas semelhanças, mas, se o primeiro se estendia das nascentes à foz do grande rio europeu, explorando personagens e acontecimentos históricos da Mitteleuropa , o segundo se retrai para a cidade natal do escritor, Trieste, e seu entorno.
Sozinho ou acompanhado por sua mulher, a também escritora Marisa Madieri (1938-96), Magris agora circula pelos cafés e ruas de sua cidade, visita regiões da fronteira italiana que até recentemente tinham pertencido à ex-Iugoslávia, encontra escritores locais, familiares, figuras anônimas. O resultado é uma sucessão de fragmentos descritivos que não se deixam compor numa narrativa mais ampla, como ocorrera em Danúbio . Microcosmos se mostra apenas como quadros desgarrados da memória sentimental do autor, que olha e registra o que vê.
“Sua prosa sem rodeios e veloz capta em pinceladas concisas o efêmero cambiar da vida, a tragédia da guerra e a dor de uma geração ou de uma noite. Ele se parece com seu Friuli adotivo, com seu destino de passar, inobservado, à margem da História”, diz Magris do escritor Giulio Trasanna. Mas poderia estar falando de si, observador perplexo diante de uma Europa mais uma vez conflagrada.
Escrito nos anos finais do século XX, durante a Guerra da Bósnia, Microcosmos é, por fim, a elegia meditativa que Claudio Magris dedicou a seu próprio tempo.
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